A burca é uma consequência da cultura islâmica. Usada inicialmente na Península Ibérica no século XVIII, só passou a ser símbolo talibã em 1995
Ao fazer uma rápida busca por “trajes do Islamismo” no Google Imagens, pode-se perceber a variedade de roupas que homens e mulheres utilizam. Isto ocorre devido as diferenças culturais que existem em cada região que adotou o Islamismo como religião.
Por exemplo, enquanto no Irã as mulheres utilizam o chador, véu que cobre apenas a cabeça; no Afeganistão todas as pessoas do sexo feminino são obrigadas a utilizar a burca, vestimenta que cobre da cabeça aos pés.
Este último vestuário, para a cultura ocidental, é o mais radical de todos, tendo em vista que as mulheres ficam com todo o corpo coberto com apenas uma telinha na altura dos olhos. Trata-se de uma tradição usada, inicialmente, entre os séculos XVIII e XIX, na Península Ibérica. Porém, este traje se tornou símbolo talibã em 1995. Atualmente, a burca é um item obrigatório não só no Afeganistão, mas também no Paquistão.
Foto: depositphotos
Por que as mulheres usam a burca?
A burca é uma consequência da cultura islâmica e por isso ela está relacionada ao hijab. De acordo com o site El País, este termo tem origem árabe e não se refere a uma roupa específica, mas sim a um estilo de vestimenta. Ainda segundo o portal, hijab pode significar “cobertura” ou “roupa que tape”, assim os muçulmanos dizem que é necessário “respeitar o hijab“.
Desta forma, as mulheres muçulmanas, para seguirem as leis da religião e do local onde vivem, precisam se cobrir. No caso dos Pashtuns do Afeganistão e no Paquistão, é obrigação do sexo feminino tapar o corpo com a burca, sendo esta palavra usada nos países árabes do Golfo Pérsico para denominar as máscaras utilizadas pelas mulheres para esconder o rosto, conforme informa o El País.
Curiosidades dessa e de outras vestimentas do Islamismo
Como já foi mencionado, a burca é uma peça que cobre todo o corpo da mulher com apenas uma tela nos olhos. Na maioria das vezes, essa vestimenta é feita com um tecido de cor azul e, em menor proporção, de cor preta. Além desta vestimenta e do chador, mencionado no início do texto, o Islamismo possui variações deste traço cultural, como:
Niqab: Muito semelhante a burca, porém os olhos não são cobertos;
Al-Amira: Cobre a cabeça e o pescoço, somente;
Hijab: Cobre apenas os cabelos e o pescoço;
Shayla: Lenço usado para cobrir a cabeça, enrolando o pescoço e cruzando na altura do ombro.
Todas estas vestimentas são obrigatórias em países adeptos ao Islamismo. Porém, em alguns países da Europa o uso desses trajes é proibido em lugares públicos. Inicialmente proibido pela França, estes elementos também são vetados na Bélgica e Holanda. Neste último país, por exemplo, quem for pego usando a burca ou o niqab pode ser multado em 405 euros, aproximadamente R$ 1.400. A justificativa desses países é relacionada ao fato das suas legislações serem laicas, ou seja, sem religião.
Por Katharyne Bezerra
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